domingo, 6 de setembro de 2015

FOME

De Knut Hamsun
"Sult"(original em Norueguês), "Hunger" (Inglês)
Noruega, 1890
Tradução Portuguesa (Brasil): Carlos Drummond de Andrade


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2 comentários :

  1. 1.
    Li este livro no meu Kindle, durante as férias. A primeira reflexão, vai portanto para esta forma peculiar de ler. Eu até entendo a preocupação quanto à mais fácil violação dos direitos autorais que ocasiona, mas pondo de lado a legítima defesa da conservação de um magnífico hábito ancestral - o manuseio familiar e íntimo do "velho" livro - tudo o resto são preconceitos idiotas. A experiência de leitura num Kindle é rica e prazenteira. Memoriza o ponto da leitura, permite sublinhar e tirar notas, consultar a Wikipédia e dicionários e armazenar muitos livros, num volume insignificante.O "velho" livro vai coabitar durante uns tempos com este suporte, mas depois será objecto de museu e biblioteca. Tenho poucas dúvidas quanto a isso.

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  2. 2.
    Quanto ao livro, procurei propositadamente a tradução brasileira de Carlos Drummond de Andrade e eu sem saber uma palavra do Norueguês, aposto que foi feita justiça ao original, embora pareça lógico que a tradução tenha sido do Inglês. O que importa é que tive o privilégio de me sentir embebido pela particular atmosfera espacio-temporal do romance. A "fome" de ler um livro extraordinário como este, não dá bilhete para a compreensão na totalidade ou mesmo de uma mera amostra da verdadeira "fome" relatada exemplarmente por Hamsun, mas permite que se descubra muitos pormenores que se esquecem de estômago cheio, tanto no plano físico como no psicológico e social.
    Este é um livro único e intemporal, uma experiência e lição de vida memoráveis.
    Inexplicável que não seja de leitura obrigatória para todos os seres humanos e que não figure em muitas dessas listas idiotas de "os n livros que deverá ler antes de morrer". Morrer sem ler este livro é que deve ser motivo de preocupação para os infelizes em causa, que Deus os salve !
    Quanto ao facto de Hamsun ter sido um apoiante do Nazismo, embora também tenha sido notória uma certa "mea culpa" no seu percurso, pela defesa que faz dos Judeus, não se nota nada disto neste livro e garantem-me nos outros todos. Afinal de contas quem é que está isento de erros de percurso ?
    Há um filme dele adaptado, de 1966 e com o mesmo nome - Fome- do dinamarquês Henning Carlsen, que ficará para outras núpcias. São linguagens bem diferentes, a literatura e o cinema e não se espere portanto sentir o mesmo, são experiências diferentes com meios e resultados diversos.Desperta curiosidade o modo como o cinema aborda o tema, apenas isso. Veremos depois...

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