1. Imperdível ! Filme de estreia de Louis Male, com 24 anos, nos alvores da "nouvelle vague". Como ele confessou, queria fazer um filme original mas com elementos das suas grandes influências - Hitchcock e Bresson - e o produto final embora não enjeitando as referências citadas é algo de novo e marcante no cinema dos anos seguintes.
2. São muitas as razões que fazem de "Fim-de-semana no ascensor" um grande filme. O imaginativo argumento resulta de uma adaptação de uma novela de Noël Calef, história negra de paixão e crime, a que Malle com uma direcção arrojada mas segura conferiu a chancela de um grande clássico do cinema em geral e do "filme noir" em particular. A atenção aos ínfimos pormenores, herdou-a Malle do mestre Bresson e ao espírito "Hitchcockiano" que alardeia, falta apenas o humor corrosivo da lenda britânica, que talvez destoasse no clima de desespero anunciado deste filme. Uma fotografia magistral a preto e branco de Henri Decae, habitué de Jean-Pierre Melville; vejam-se as deambulações nocturnas de Florence nas ruas e bares de Paris, com as expressões do rosto iluminadas pelas luzes de uma cidade viva. Interpretação magnífica de uma Jeanne Moreau, aqui a dar os primeiros passos na sétima arte. Convincente até dizer chega; fascinante na voz e na expressão desde os mantras iniciais até ao redentor monólogo final a mais bela e doce rendição do cinema ! O "sopro" mágico de Miles Davis pontua e ritmiza o filme, criando a envolvência e intimidade que fazem este filme definitivamente nosso!
Muito bom.A musica bom nem é bom falar.O naipe de actores primeira água.Quem não viu que veja.É uma ordem.
ResponderEliminar1.
ResponderEliminarImperdível !
Filme de estreia de Louis Male, com 24 anos, nos alvores da "nouvelle vague".
Como ele confessou, queria fazer um filme original mas com elementos das suas grandes influências - Hitchcock e Bresson - e o produto final embora não enjeitando as referências citadas é algo de novo e marcante no cinema dos anos seguintes.
2.
ResponderEliminarSão muitas as razões que fazem de "Fim-de-semana no ascensor" um grande filme.
O imaginativo argumento resulta de uma adaptação de uma novela de Noël Calef, história negra de paixão e crime, a que Malle com uma direcção arrojada mas segura conferiu a chancela de um grande clássico do cinema em geral e do "filme noir" em particular. A atenção aos ínfimos pormenores, herdou-a Malle do mestre Bresson e ao espírito "Hitchcockiano" que alardeia, falta apenas o humor corrosivo da lenda britânica, que talvez destoasse no clima de desespero anunciado deste filme.
Uma fotografia magistral a preto e branco de Henri Decae, habitué de Jean-Pierre Melville; vejam-se as deambulações nocturnas de Florence nas ruas e bares de Paris, com as expressões do rosto iluminadas pelas luzes de uma cidade viva.
Interpretação magnífica de uma Jeanne Moreau, aqui a dar os primeiros passos na sétima arte. Convincente até dizer chega; fascinante na voz e na expressão desde os mantras iniciais até ao redentor monólogo final a mais bela e doce rendição do cinema !
O "sopro" mágico de Miles Davis pontua e ritmiza o filme, criando a envolvência e intimidade que fazem este filme definitivamente nosso!