1. O 2º filme de Malle e também o mais polémico. Na época, foi uma autêntica "cruzada", nomeadamente no Brasil, contra a dissolução da moral e dos bons costumes, que este filme supostamente propagandeia. O argumento trata de uma história de adultério envolvendo a alta sociedade, o que por si só, não ameaça ninguém, o pior é quando explicitamente mostra o abandono de uma criança por uma mãe, mas a realidade do filme não é assim tão linear...
2. Depois de Miles Davis no primeiro filme (Fim-de-semana no ascensor), a banda sonora agora deriva para as cordas de Brahms e diga-se de passagem, o fundo musical adequa-se por várias razões à matéria do filme, a começar pelo status social das personagens mas essencialmente pontuando a carência de romance por parte de Jeanne Tournier (Jeanne Moreau) e as hesitações desta até ao eclodir da paixão avassaladora pelo improvável amante Bernard (Jean-Marc Bory).
3. O argumento só por si, é uma história trivial de romance. O interesse deste filme está no tratamento artístico que recorre a uma fotografia a preto e branco que é fabulosa, mais uma vez por Henri Decae. As cenas de amor nocturnas no barco são magnificentes ! Uma excelente iluminação mostrando o êxtase dos amantes e as sombras projectando-se nos corpos iluminados, à medida que o barco avança pelo lago.
4. O "mood" do filme é um pouco mortiço, perdendo fulgor em muitas cenas que se arrastam um pouco. Admito que se torne "chato" aqui e ali, mas como experiência de cinema vale muito a pena.
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ResponderEliminarO 2º filme de Malle e também o mais polémico. Na época, foi uma autêntica "cruzada", nomeadamente no Brasil, contra a dissolução da moral e dos bons costumes, que este filme supostamente propagandeia. O argumento trata de uma história de adultério envolvendo a alta sociedade, o que por si só, não ameaça ninguém, o pior é quando explicitamente mostra o abandono de uma criança por uma mãe, mas a realidade do filme não é assim tão linear...
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ResponderEliminarDepois de Miles Davis no primeiro filme (Fim-de-semana no ascensor), a banda sonora agora deriva para as cordas de Brahms e diga-se de passagem, o fundo musical adequa-se por várias razões à matéria do filme, a começar pelo status social das personagens mas essencialmente pontuando a carência de romance por parte de Jeanne Tournier (Jeanne Moreau) e as hesitações desta até ao eclodir da paixão avassaladora pelo improvável amante Bernard (Jean-Marc Bory).
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ResponderEliminarO argumento só por si, é uma história trivial de romance. O interesse deste filme está no tratamento artístico que recorre a uma fotografia a preto e branco que é fabulosa, mais uma vez por Henri Decae. As cenas de amor nocturnas no barco são magnificentes ! Uma excelente iluminação mostrando o êxtase dos amantes e as sombras projectando-se nos corpos iluminados, à medida que o barco avança pelo lago.
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ResponderEliminarO "mood" do filme é um pouco mortiço, perdendo fulgor em muitas cenas que se arrastam um pouco. Admito que se torne "chato" aqui e ali, mas como experiência de cinema vale muito a pena.